POR QUE RECEBEU A EXPRESSÃO "DO CEARÁ?".
Em 1946, o Conselho Nacional de Geografia resolveu mudar o nome de Viçosa para Ibiapaba alegando que era preciso, pois já havia uma cidade com o nome de Viçosa em outro estado do Brasil, e com isso acontecia o extravio de correspondência.
A comunidade viçosense não aceitando tal sugestão fez um movimento, que teve à frente o senhor Francisco Caldas da Silveira contando com o prestígio de Clóvis Beviláqua, filho reconhecido de Viçosa. Sugeriram acrescentar ao nome a expressão "do Ceará". Pelo o decreto lei n º 1.144 de 30 de dezembro de 1943, a cidade recebeu definitivamente o nome de Viçosa do Ceará.
NOMES DE VIÇOSA
Em 1750 foram abolidas no Brasil as missões da Companhia de Jesus, por determinação do Marquês de Pombal, ministro do Rei de Portugal, D. José I. Isso levou a abolição das aldeias que tinham o comando dos jesuítas, sendo substituídas por vilas e povoados. Assim, à 7 de junho desse mesmo ano, a Aldeia da Ibiapaba foi elevada à categoria de vila com o nome VILA VIÇOSA REAL DA AMÉRICA. O ouvidor da Comarca de Pernambuco, Desembargador Bernardo Coelho da Gama Casco veio instalá-la, em comunicado que fez ao povo da Igreja da Matriz.
Aos 14 de agosto de 1882, através da Lei 1.914, a Vila foi elevada à com o nome de VIÇOSA, por proposta do Deputado Provincial Luis Januário Lamartine Nogueira e aprovada pelo Presidente da Província do Ceará. Bacharel Sancho de Barros Pimentel.
ORIGEM DO NOME DE VIÇOSA
A origem do nome de Viçosa é lusa. Em Portugal existia uma vila chamada Viçosa, cuja beleza de sua natureza, seu ar puro da serra, suas águas, eram semelhantes à nossa, o que contribuiu para a origem do nome.
Matéria: Ivângelo, Wgilson e Eliane.
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Por que Lamartine preferiu ser sepultado nas Caraúbas? Lamartine exilou-se nas Caraúbas para fugir das perseguições dos seus adversários de Viçosa: Claudio Ideburgue (Juiz), José Antônio Coelho (Promotor), João Febronio (Tabelião) e José Beviláqua (vigário), que empreenderam ferrenha campanha difamatória contra o ex-deputado. Pobre e doente, Lamartine refugiou-se na Vila de Tyanguá (1899) e depois nas Caraúbas, onde faleceu. Seus bens (Fazendas Caraúbas e Ingazeira) foram confiscados por seus credores. Ao final da vida, Lamartine dizia:"em Viçosa não tenho um amigo sequer". Estes fatos estão registrados nos protestos feitos por Lamartine no Jornal "Cidade" dos anos de 1899/1900. João Bosco Gaspar - historiador (Tianguá-CE).
ResponderExcluirNo processo de Inventário de Lamartine Nogueira (arquivo público do Ceará), seus credores: José Beviláqua, Salustiano Moreira da Costa Marinho (Granja-ce), Roberto Severiano de Moraes Correia (Parnaíba-PI) dentre outros, se apropriaram da grande maioria dos seus bens. No ocaso do século XIX Lamartine e seu filho Alfredo, donos da firma "Lamartine & Filho", hipotecaram suas propriedades aos credores acima citados. Incitados pelo juiz Claudio Ideburgue (inimigo político de Lamartine), os credores acionaram judicialmente Lamartine para confiscar suas propriedades. Tolhido de todo meio de defesa na justiça de Viçosa, já velho e doente, Lamartine preferiu ser sepultado nas caraúbas a misturar-se aos seus desafetos - João Bosco Gaspar - historiador (Tianguá-Ce).
ResponderExcluirManoel Nogueira da Costa e Florencia da Ressurreição Vianna, pais de Lamartine Nogueira, estão inclusos no rol dos fundadores da cidade de Tianguá em 1854/1855, acreditamos que Lamartine, quando criança, morou com seus pais no sítio Barrocão (Tianguá), adquirido dos herdeiros de João Batista Leal. Em 1882 o então deputado Lamartine Nogueira, apresentou junto a Assembleia Provincial do Ceará, o projeto que elevou a povoação do Barrocão à categoria de Distrito. João Bosco Gaspar - historiador (Tianguá-CE).
ResponderExcluirNo período em que esteve refugiado em Tyanguá (1899), Lamartine foi acusado por seus adversários de ter "destruído parte da linha telegraphica Viçosa-Ibiapina" que passava nas proximidades da Vila, linha essa que Lamartine quando deputado ajudou a construir. Naquela ocasião, Lamartine protestou veementemente no jornal "cidade" de Sobral-CE, alegando que a destruição da linha havia sido executada por um grupo de Ciganos a serviço do Juiz Claudio Ideburgue. O sepultamento de Lamartine Nogueira nas Caraúbas, teria sido seu último pedido aos seus familiares. Lamartine faleceu guardando uma grande mágoa de alguns viçosenses. João Bosco Gaspar - historiador (Tianguá-CE).
ResponderExcluirO jornal "cidade" do dia 11 de março de 1899, publicou a seguinte nota enviada de Tianguá:"Há quatro dias se achão nesta villa o Coronel Lamartine Nogueira e seus dois filhos Coronel Alfredo e Antonio Lamartine, ameaçados (...) em Viçosa. Desbragada perseguição política lhes movem naquella cidade o juiz de direito, delegado Carvalho e promotor de justiça (...)". Lamartine veio buscar em Tianguá o apoio do seu cunhado, o Tenente-Coronel David de Souza Portela. Após o falecimento de Lamartine, quando os credores ficaram com a grande maioria dos seus bens, seus filhos, Alfredo e Antonio Lamartine Nogueira, se mudaram para o Estado do Pará, na tentativa de esquecer as injustiças sofridas em Viçosa. João Bosco Gaspar - historiador (Tianguá-CE).
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